terça-feira, 13 de outubro de 2009

Novo funeral para Edgar Allan Poe!


E lá vem mais uma tentativa de corrigir os erros do passado... Edgar Allan Poe, morreu na miséria seu funeral contou com apenas sete amigos fieis que o velaram e enterraram num modesto caixãozinho, issso lá em 1849! Agora a cidade em que faleceu o autor, querendo promoção e quem sabe, redenção, veio com essa:

Depois de 160 anos Edgar Allan Poe recebe funeral apropriado

Discursos do enterro em Baltimore serão feitos por atores, que devem interpretar nomes como Conan Doyle e Alfred Hitchcock

Para Edgar Allan Poe, 2009 foi um ano melhor do que 1849. Depois de dezenas de eventos em diversas cidades para marcar o 200 º aniversário de seu nascimento, ele está prestes a receber o funeral grandioso que um escritor de sua altura deveria ter recebido quando ele morreu. Cento e sessenta anos atrás, Poe estava empobrecido e foi encontrado delirante e em perigo em uma taberna de Baltimore. Ele nunca foi coerente o suficiente para explicar o que tinha acontecido desde que deixou Richmond, Virgínia, uma semana antes. Ele passou quatro dias em um hospital antes de morrer aos 40 anos no dia sete de outubro de 1849. Neilson Poe, primo do autor, nunca anunciou publicamente a sua morte. Menos de 10 pessoas compareceram ao funeral apressado para um dos maiores escritores do século 19. E as injustiças começaram ali. A lápide de Poe foi destruída antes que pudesse ser instalada, quando um trem descarrilou e bateu em um canteiro do jardim. Rufus Griswold, um inimigo de Poe, publicou um obituário acusatório que danificou a reputação do escritor por décadas. Baltimore tem uma vantagem decisiva sobre as outras cidades que reivindicam a Poe, observa a diretora Doreen Bolger. "Temos o corpo", disse ela. Jerome disse que chegou a receber ligações de pessoas que achavam que ele estava indo exumar os restos de Poe e enterrá-los novamente. "Quando eles desenterraram o corpo de Poe em 1875, para movê-lo, era praticamente ossos, disse Jerome. "Eu vi restos de pessoas que estiveram no terreno desde aquele período de tempo, e não há quase nada." Em vez disso, Jerome encomendou ao artista Eric Supensky, especialista em efeitos especiais, a criação assustadoramente realista do cadáver de Poe. "Eu tenho arrepios", disse Jerome segunda-feira (5), ao ver o corpo pela primeira vez. "Isso vai irritar os outros”. O corpo será velado na sede por 12 horas na quarta-feira (7). Os visitantes serão convidados a prestar suas homenagens. Na manhã de domingo, uma carruagem de transporte levou a réplica do corpo de Poe de sua antiga casa para o cemitério para o enterro. O ator John Astin, conhecido como personagem Gomez Addams de "A Família Addams", serviu como mestre de cerimônias. O funeral é, sem dúvida a coroação dos eventos em homenagem ao aniversário de 200 anos de nascimento de Poe. Junto com Baltimore - onde passou alguns dos seus magros anos, em meados da década de 1830 - Poe viveu ou tem fortes ligações com Boston, Nova York, Filadélfia e Richmond. O Edgar Allan Poe Museum, em Richmond, fez uma reencenação último fim de semana de sua morte. Aqueles com um interesse mais acadêmico em Poe puderam participar da conferência anual da Associação de Estudos sobre Poe de quinta (08/10 ) a domingo (12/10 ), na Filadélfia. Finalizando: Esta cerimõnia, organizada pelo “Poe Museum”, está igualmente enquadrada na comemoração dos 200 anos passados do nascimento do escritor. Para o sistema da Reuters TV, Jeff Jerome, curador do museu, afirmou que “havia muito pouco a fazer com o nascimento”, o que levou à recriação do funeral de Poe. Numa cerimõnia de pompa e circunstância que decorreu este domingo, centenas de fãs foram-se reunindo para prestar a sua homenagem ao mestre do terror, alguns vestidos a rigor com indumentária própria da época, procurando até encarnar personalidades que conheceram o escritor ou que se inspiraram nele, como Walt Whitman, Charles Baudelaire e Alfred Hitchcock, relata a Reuters.

Obras importantes de Edgar Allan Poe:
“Os Crimes da Rua Morgue”, “A Carta Roubada”, “O Mistério de Maria Roget”, “Eureka” e “A Narrativa de Arthur Gordon Pym”.


* Este texto é um resumo das matéria publicadas por: euronews - Zero Hora - CBS News - Reuters



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