domingo, 14 de novembro de 2010

O Romantismo e a Cultura Gótica


O Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX.

Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.

Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

O termo romântico refere-se, assim, ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.

O romantismo pode ser dividido em três gerações:

  • 1ºgeração — As características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo, o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também destacam-se o nacionalismo, presente da colectânea de textos e documentos de caráter fundacional e que remetam para o nascimento de uma nação, fato atribuído à época medieval, a idealização do mundo e da mulher e a depressão por essa mesma idealização não se materializar, assim como a fuga da realidade e o escapismo. A mulher era uma musa, ela era amada e desejada mas não era tocada.
  • 2ºgeração — Eventualmente também serão notados o pessimismo e um certo gosto pela morte, religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era atingida.
  • 3ºgeração — Seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual denuncia os vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e irónica (vide Eça de Queiróz), com o intuito de pôr a descoberto realidades desconhecidas que revelam fragilidades. A mulher era idealizada e acessível.


Viu a importância do Romantismo para a cultura gótica? Todos os fundamentos encontra-se na denominada 2ª geração do romantismo, o que está dando frutos até hoje, em música, poesia e imagens. É importante conhecer dados daquilo que se adota como estilo, assim haverá sempre argumento quando alguém se contrapor... Titia Shadow's Angel tem andado inspirada e de brinde segues dois poemas para vocês!

Bjsssssssssssssssssssssssss

Receita de Amor - Um poema meu...

“ Se quero a ti, tens que ter aconchego...

Tens que me dar atenção!

Tens que estar a meus pés...

Mas tens que ter opinião e, também,

Saber dizer não...

Tem que ser homem e menino com jeito,

ter sensualidade, fervor, paixão...

Se quero o amor,

quero com a intensidade de uma onda

que quebra no rochedo ...

Maremoto feroz, ventos de furacão...

Amor que dorme como as águas de uma lagoa

Não aquece sequer a alma, que dirá o coração...”

( Receita de Amor by Shadow’s Angel )

Nov,14/2010

Ata-me ( outro poema meu... )


“Luna, lua, aluna...

Na rua a lua é tua...

Linda, ninfa, nua...

Brilho da alma tua...

Quem te quer, por medo, às vezes recua

Da força que há em teu olhar, desejo perdura

E do toque de tuas mãos, existe força e candura...

Semblante de Adônis, dono de bela figura

Vem caçar-me, ata-me, leva--me a loucura...”

( Ata-me by Shadow’s Angel )

Nov, 14/2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A tradição de Finados


Milhões de pessoas em todo o mundo guardam o dia 2 de novembro para render suas homenagens aos mortos.

A celebração da data tem origem na Igreja Católica, mas os celtas tinham em seu calendário uma festa conhecida como Samhain, em que eram rendidas homenagens aos vivos e também às pessoas que já se foram.


Surgida de um encontro entre a cultura celta e o cristianismo, a prática de celebrar os finados é comum desde o século I depois de Cristo, quando os cristãos já rezavam pelos entes queridos falecidos e costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para orar pelos que faleceram sem martírio.


No século IV, a memória dos mortos passou a ser celebrada nas missas e, a partir do século V, a Igreja Católica começou a dedicar um dia por ano para render homenagens a todos os finados.


O dia 2 de novembro passou a ser atribuído às celebrações dos finados a partir do século XIII, logo após a festa de "Todos os Santos", comemorada no dia 1º de novembro, para celebrar todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. Já o "Dia de Todos os Mortos" celebra aqueles que morreram e não são lembrados na oração.


As comemorações no Brasil estão inter-relacionadas com a Igreja Católica, sendo marcada por peregrinações aos cemitérios, onde as pessoas rendem homenagens póstumas a seus entes queridos.
No dia de Finados, as pessoas costumam enfeitar os túmulos de amigos e familiares com flores, além de acenderem velas e participarem de missas em memória daqueles que já se foram.

A data é considerada um dia muito triste, em que as pessoas voltam a sofrer a dor da perda, devido à saudade dos entes queridos.


Alguns significados:

- Os crisântemos representam o sol e a chuva, a vida e a morte e, por serem flores mais resistentes, são muito usadas nos velórios.

- As velas significam a luz dos falecidos e tudo aquilo de bom que deixaram para quem ficou.


Comemorações em outros países
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No México, o Dia de Finados ganha um destaque especial, porque é comemorado com uma festa que conta com grande participação popular, atraindo também um grande número de turistas.


Os mexicanos também comemoram a data hoje, mas encaram a morte de uma maneira diferente. Eles costumam fazer festas para zombar da morte, por acreditarem que as almas podem visitar seus parentes. Por esse motivo, o povo do México costuma construir altares em casa, que são enfeitados com flores, caveiras em papel maché, além de oferendas e retratos dos mortos.

O culto aos mortos está presente em quase todas as religiões e pode ser comprovado em registros datados da pré-história.

Em países budistas, por exemplo, os mortos são homenageados com procissões, músicas e desfiles de máscara - como é o caso da Tailândia. Já no Japão, os finados são lembrados com oferendas de arroz e algas - que servem como alimento para as almas.


Protestantes e evangélicos
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Os cristãos protestantes e evangélicos dizem que a doutrina da Igreja Católica, que recomenda a oração pelos falecidos, não tem fundamento bíblico. Na visão deles, a Bíblia diz que a salvação de uma pessoa depende única e exclusivamente da sua fé, na graça salvadora de Jesus Cristo. Por isso, os protestantes e evangélicos observam o dia de Finados apenas para lembrar de coisas boas que os antepassados deixaram e entendem que todos devem ser cuidados enquanto estão vivos.

- Fontes de informação: Wikipedia e site Brasil Escola.

O Santo Graal

O Santo Graal terá sido o cálice em que Jesus bebeu na última ceia, e no qual José de Arimateia teria recolhido o sangue de Cristo proveniente da ferida do lado provocada pela lança do centurião romano, (..."ao chegarem junto de Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados perfurou-Lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água". - João 19:33-34) ficando o cálice à sua guarda.

Tal cálice supunha-se ter poderes miraculosos de cura e regeneração, o que deu origem a diversas histórias e lendas de cavaleiros em busca do Santo Graal.

José de Arimateia é descoberto pelos Judeus e preso numa cela sem janelas onde todos os dias uma pomba se materializava deixando-lhe uma hóstia, seu único alimento e graças ao qual sobrevive. Durante todo este tempo conseguiu manter sempre o Graal consigo.
Ao ser libertado José de Arimateia viaja para Inglaterra com um grupo de seguidores funda a Segunda Mesa da Última Ceia e ergue a sua igreja com palha e barro onde terá colocado o Santo Graal.

Após a morte de José de Arimateia, o Santo Graal terá ficado à guarda do genro deste que o levou para Espanha.

Efetivamente para muitos, o cálice de ágata que está na igreja de Valência na Espanha, é o que serviu Cristo na última ceia. Porém a peça parece datar do sec. XIV.

A Igreja Católica não dá no entanto mais do que um valor simbólico ao cálice e acredita que as histórias do Graal não passam de literatura medieval, apesar de aceitar que algumas personagens tenham existido.