quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia 23 de abril, Salve Jorge o cavaleiro.

 

Jorge de Anicii nasceu no ano de 280 d.c na antiga Capadócia, região do sudeste da Anatólia, que atualmente faz parte da República da Turquia. Ainda criança mudou-se para a Palestina com a sua mãe, logo após seu pai, um Oficial do Exército Imperial, morrer em campo de batalha. Sua família era de nobres e possuiam muitos bens. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira militar, e por ser corajoso e combativo, logo foi promovido a Capitão do Exército Romano. Mais tarde o Imperador Diocleciano, lhe conferiu o título de Conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na Corte Imperial de Roma, exercendo a função de Tribuno Militar. Nesse tempo sua mãe faleceu, e Jorge herdando todas as riquezas. O Imperador Diocleciano e o Governador Daciano, desencadearam uma terrível perseguição contra os Cristãos, com tanta fúria que, em apenas um mês, mais de 17.000 foram martirizados, e muitos outros foram perseguidos e forçados pelas torturas, a renegar a sua fé em Jesus Cristo. Jorge que tinha sangue azul, afligido pelas barbaridades, renunciou a carreira militar. Jorge distribuiu todos os seus bens aos pobres e vestindo-se como os Cristãos foi as ruas e passou a falar frases como, "Os deuses pagãos são demônios, o único Deus verdadeiro, é Jesus Cristo".

A ousadia de Jorge chegou aos ouvidos do Governador Daciano, um cruel perseguidor de cristãos, que tomado pela ira chamou Jorge e perguntou: "Com que direito chamas os nossos deuses de demônios?, quem és tu?, de onde és tu? e em nome de quem está dizendo isto?, e Jorge respondeu assim: "Eu me chamo Jorge de Anicii, sou um nobre da Capadócia, e com a ajuda de Cristo conquistei as terras da Palestina, mas renunciei a tudo que me foi dado, meus títulos e cargos que possuía, para sem honras e riquezas servir a meu Deus".

O Imperador tentou convence-lo a renegar a sua fé em Jesus, mas não tendo êxito ordenou as seguintes torturas: O Colocaram em um cavalete de madeira, e teve seus braços e pernas dilacerados com garfos de ferro, e depois mandou cobrir todas as suas feridas com sal. Mas Tudo em vão, Jorge mantinha-se firme, e a cada vitória sobre as torturas ia convertendo mais e mais soldados. O Imperador mandou chamar o mais temido feiticeiro para acabar com a vida de Jorge. Irônico o feiticeiro falou: " Se eu não conseguir acabar com esse Cristão, que eu perca a minha cabeça". Ele misturou veneno com vinho e deu pra Jorge beber. O Jovem fez o sinal da Cruz, bebeu o vinho e nada lhe aconteceu, o feiticeiro preparou uma dose ainda mais forte, Jorge novamente fez o sinal da Cruz, bebeu o vinho e continuava vivo, espantado o feiticeiro ajoelhou-se aos pés de Jorge e implorou para ser convertido ao Cristianismo, Jorge o fez,e logo depois o feiticeiro foi decapitado. Depois de ser torturado durante todo o dia, chegando a noite, o Senhor Deus rodeado de uma Luz Divina, apareceu e consolou Jorge com doces palavras, que o deixou tão confortável, que nem parecia ter sido torturado. O Imperador vendo que, com ameaças e torturas não conseguiria nada, mudou de plano, e o tentou com fortunas e recompensas. Mas Jorge sorrindo respondeu: "Porque em vez de me torturar, não me dissestes estas coisas no inicio? aqui me tens disposto a fazer o que me propõem". O Imperador não se deu conta da tática de Jorge. Diocleciano ordenou que toda a cidade fosse enfeitada, mandou convocar o povo para assistir aos sacrifícios que Jorge por fim iria oferecer aos ídolos romanos.

No dia previsto para o grande acontecimento, a multidão curiosa e com grande expectativa, lotou o templo no qual Jorge iria adorar publicamente os deuses romanos. Na hora marcada, Jorge entrou no templo, ajoelhou-se e pediu ao Senhor Deus para converter todo o povo dentro do templo, e pediu que Deus destruisse todas as estátuas, de maneira que não ficasse nenhum vestígio delas. Acabando sua oração desceu dos céus uma rajada de fogo que reduziu a cinzas todas as imagens. Logo que a multidão presente correu para fora do templo, Jorge saiu mansamente, e de novo fez suas preces, e depois de alguns segundos a terra se abriu e engoliu todo o templo, não ficando o menor vestígio de sua existência. Sabendo do ocorrido, o Imperador disse a Jorge: "És o mais abominável dos homens, como é possível tamanha ousadia, a ponto de cometeres um crime tão horrível?". Enfurecido e vendo que Jorge não renegaria a sua fé em Jesus Cristo, mandou que ele fosse arrastado de cavalo por toda a cidade, e depois decapitado. Jorge ao perceber que tinha chegado a sua hora, elevou os olhos ao céu e pediu a Deus que, a partir daquele momento, todos que pedissem seu socorro fossem atendidos, e lá do alto, em resposta a prece do grande Mártir, ouviu-se a voz de Deus concedendo o pedido: "Quem rogasse pela ajuda de São Jorge seria atendido". Depois disso a sentença se cumpriu. São Jorge foi decapitado no dia 23 de abril de 303 d.c em Nicomédia. Seus restos mortais foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), hoje Israel.

*Orginalmente publicado em:
gloriososaojorge.blogspot

domingo, 13 de abril de 2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Fantasmas



Fantasma na crença popular, é a alma ou espírito de uma pessoa ou animal falecido que pode aparecer para os vivos de maneira visível ou através de outras formas de manifestação. Descrições de aparições de fantasmas variam no modo como estes se manifestam. A tentativa deliberada de contactar o espírito de uma pessoa morta é conhecida como necromancia, ou séance no espiritismo.

Os fantasmas são geralmente descritos como essências solitárias que assombram um local, objeto ou pessoa em particular a qual estiveram ligados em vida, embora histórias a respeito de exércitos, trens, navios e até mesmo animais e números fantasmas tenham sido relatadas.

Por mais horripilante que possa ser imaginar que há, de fato, alguns fantasmas assombrando determinados locais ou pessoas, certos fotógrafos garantem que eles caminham entre nós. As fotos deles procuram mostrar confirmações de que esses episódios são reais, já que existem homens que só acreditam no sobrenatural quando se deparam com ele ou quando presenciam esses estranhos acontecimentos.

Como não dá para fazer com que todos vejam ou entrem em contato com as temidas aparições, só nos resta olhar os supostos indícios de que esses seres existam. Na época em que os filtros e os efeitos das câmeras digitais não eram nem um pouco populares, algumas fotos já traziam certas sombras fantasmagóricas. 

Sem os efeitos milagrosos do Photoshop, os donos dessas imagens garantiram que elas são originais e jamais foram alteradas.

Fontes:
Texto original: Wikipédia e megacurioso.com.br 
Fonte da imagem: Reprodução/About 



Lady Bathory

Esta é mais uma história comprovada,da existência de outro ser muito cruel,maligno e  diabólico, que  alguns acreditam ser um vampiro! Trata-se de "Erzsébet Bathory"  ( Elizabeth Bathory ). Ela é influência para estudos sobre o comportamento da mente até hoje,e influencia na literatura, música e se não me engano, em filmes...Uma banda famosa que a idolatra são os "Cradle of Filth", que já compôs uma música em sua homenagem!

Erzsébet Bathory foi a Condessa que torturou e assassinou várias jovens e, por causa disso ficou conhecida como um dos "verdadeiros" vampiros da história. A família Bathory viveu no que conhecemos hoje como Eslóvaquia.  Muitos dizem que ela era húngara, mas isso se deve ao facto de que naquela época, as fronteiras húngaras não era o que podemos chamar de "fixas". Ela cresceu numa propriedade da família Bathory, em Csejthe, a nordeste da Hungria. Quando criança, era sujeita a doenças repentinas acompanhadas de intenso rancor e comportamento incontrolável.

Erzsébet Bathory experimentou várias crises de possessão. Nunca podia prever-se quando tal aconteceria. De repente surgiam violentas dores na cabeça e nos olhos. As criadas traziam feixes de plantas frescas e narcotizantes, enquanto sobre o lume se preparavam drogas soporíferas onde se iriam embeber esponjas para se passarem a seguir pelas narinas da paciente. Não se sabe ao certo que tipo de doenças eram nem qual a sua origem.

Em 1574, Erzsébet engravidou de um breve romance com um camponês. Mas, assim que sua gravidez ficou visivel, ela foi escondida de todos, pois estava noiva do Conde Ferenc Nadasdy, chamado de "o herói negro". Erzsébet se casou com ele em maio de 1575. Como era soldado, o Conde Nadasdy passava a maior parte do tempo em campanhas, o que fazia com que a Condessa tivesse de assumir os deveres de cuidar dos assuntos do Castelo Savar, propriedade da Familia Nadasdy. Foi aí que sua carreira maligna realmente começou, com o disciplinamento de um grande número de empregados, principalmente mulheres jovens.  Ela não só punia aqueles que infringiam seus regulamentos, como também encontrava desculpas para as severas punições, deleitando-se com a tortura e morte de suas vítimas.

Há muitas histórias fabulosas sobre a Condessa Bathory. 

Conta-se que com 20 anos, idade em que normalmente se frequentam bailes e recepções na aristocracia húngara, a prima do príncipe Drácula vivia numa quase total reclusão. 

Amantizou-se com o intendente Thorbes, que a iniciou em feitiçaria e que, tendo-a casado com Satanás, teria lhe transmitido os ritos secretos da seita de "Ave negra" – sociedade secreta à qual ele pertencia. Esta ordem mantinha estreitas e subterrâneas relações com a Ordem do Dragão de Segismundo da Hungria. Erzsébet participava das reuniões de magia com Thorbes, com a sua ama, as duas criadas e o mordomo Johannès Ujvary.

Diz-se que certo dia a condessa, envelhecendo, estava sendo penteada por uma jovem criada, quando a menina acidentalmente puxou seus cabelos. Erzsébet virou -se para ela e a espancou. O sangue espirrou e algumas gotas ficaram na mão de Erzsébet. Ao esfregar o sangue nas mãos, estas pareciam tomar as formas joviais da jovem. Foi a partir deste incidente que Erzsébet desenvolveu sua reputação de desejar o sangue de jovens virgens. O Conde Nadasdy não só tomava parte nos atos cruéis da sua esposa como a ensinava novas formas de tortura. Ele veio a falecer em 1604. Após sua morte, Elisabeth mudou-se para Viena e logo depois, passou um tempo no Solar de Cachtice, o local que foi o cenário de seus atos mais depravados e famosos.

Uma segunda história fala do comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando ela colecionava uma série de jovens amantes. Logo que enviuvou, dispensou a companhia de sua sogra e dos subordinados do marido, para se entregar tranquilamente aos ritos mágicos ensinados por Thorbes. Numa ocasião, quando estava em companhia de um de seus jovens amantes, viu uma mulher de idade e perguntou-lhe: "O que vocé faria se tivesse de beijar aquela velha bruxa ?". O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que tal aparência era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm ligado a morte do marido de Elizabeth e essa história , a sua preocupação com o envelhecimento e daí o fato de ela tomar banho em sangue.

Nos anos que se seguiram após a morte do marido, Erzsébet conseguiu uma nova companheira para seus atos sádicos: uma mulher chamada Anna Darvulia, de quem
pouco se sabe. Quando a saúde de Darvulia piorou, Elisabeth voltou-se para Erzsi Majorova, viúva de um fazendeiro local, seu inquilino. E parece que esta foi a responsável pelo declínio da Condessa pois incentivou a mesma a incluir entre suas vítimas, mulheres da nobreza, em virtude da dificuldade que Elisabeth estava a ter para conseguir novas criadas ( vítimas ). Afinal, a fama da Condessa e seu comportamento já eram conhecidos por todas as redondezas. Em 1609, Elisabeth matou uma jovem nobre e encobriu o facto alegando suicidio.

Em 1610, começaram as investigações sobre os crimes da condessa. Na verdade, era mais por motivos políticos ( O Conde Nadasdy havia emprestado dinheiro ao Rei e este queria se ver livre de tal empréstimo confiscando o latifúndio da Condessa ). Porém as suspeitas dos assassinatos dela, eram mais que uma desculpa para concretizar os planos da coroa.

Outra versão do caso, afirma que em Novembro de 1610, uma das vítimas conseguiu fugir antes de ser condenada à morte. O rei Mathias II, conhecedor do caso, encarregou o conde Thurzo de investigar as estranhas práticas da condessa. A 30 de Dezembro de 1610 o conde forçou a vedação do castelo de Csejthe. Na sala grande da torre de menagem, descobriu horrorizado um cadáver em cujo corpo não havia nenhuma gota de sangue, vasos cheios de sangue ainda não coagulado, e um moribundo barbaramente torturado. Submetido a interrogatório, o mordomo Ujvary confessou ter participado em trinta e sete assassinatos rituais. Uma tesoura, manejada por Erzsébet Bathory, substituía o punhal sacrifical. Os servos desta estranha missa de sangue recolhiam-no para depois prepararem os banhos de juventude de Erzébeth cuja aparência jovem, comentavam os juízes, "não podia ser senão de origem diabólica". 

Com isso, a 26 de dezembro de 1610, a Condessa Erzsébet Bathory foi presa e julgada alguns dias depois. Em 7 de janeiro de 1611, foi apresentada como prova, uma agenda contendo os nomes de todas as vítimas da Condessa, registrados com a sua própria letra. No total foram 650 vítimas.
Além de sua reputação de assassina e sádica, ainda foi acusada de ser uma "lobisomem" (o termo "werewolf" traduzido do original, não possui gênero) e uma vampira. Durante seu julgamento, várias pessoas afirmaram que ela mordia o corpo das meninas que torturava. Ela foi acusada então de drenar o sangue de suas vítimas e de banhar-se nesse sangue para reter a juventude. 

Por todos os parâmetros, Elisabeth era de fato uma mulher muito atraente. 

A condessa confessou arrogante e friamente os seus crimes. Os dois necromantes foram condenados à morte. Arrancaram-lhe as unhas, cortaram-lhes a língua, espetaram-lhe os olhos e por fim queimaram-nos em fogo lento.

Erzsébet foi condenada a confessar a sua culpa e a ser decapitada. A sentença foi comutada, tendo em vista a sua origem e posição, para prisão perpétua "a pão e água". Veio a morrer em 1614, passados anos, encerrada entre as paredes de uma das salas do seu castelo.

"The Book of Werewolves" registra a lenda básica de uma Condessa húngara que matou suas criadas para banhar-se no seu sangue, uma vez que ela imaginava que esse  tratamento manteria sua pele jovem e saudável. A verdade é que ela assassinou 650 moças para esse fim. ( ... ) O testemunho de centenas de pessoas demonstrou que o seu uso de sangue para finalidades cosméticas era lenda, mas confirmou que ela de fato matou mais de 650 moças ( ela lembra cada atrocidade no seu diário ). 

A Condessa evidentemente gostava de morder e dilacerar a carne de suas jovens criadas. Um de seus apelidos era "Tigre de Cachtice". Ela torturou ( ... ) também em Viena, onde possuía uma mansão na rua dos Agostinianos( ... ), próximo ao palácio real no centro da cidade. Durante o julgamento em 1611, foi confirmado que "em Viena, os monges arremessavam seus corpos contra as janelas quando ouviam gritos ( das jovens que eram torturadas )". Esses monges certamente os do velho mosteiro Agostiniano defronte da mansão Barthory. No porão, Erzsébet mandou um ferreiro construir uma espécie de compartimento de madeira, ou cela, onde torturava suas vítimas.

Os constantes casamentos entre membros nobres da mesma família na Hungria, destinados a manter as propriedades entre si, podem ter levado à uma degeneração genética; a própria Erzsébet era sujeita a ataques epiléticos. Também um dos seus tios foi um notório satanista, sua tia Klara uma terrível aventureira sexual e seu irmão Stephen um bêbado e um devasso.

Conta-se que pouco antes de completar 15 anos, Erzsébet casou-se com Ferenc Nadasdy. Ferenc era tão cruel quanto sua esposa. Quando em casa, distraía-se torturando presos turcos. Ensinou até mesmo algumas técnicas de tortura à Erzsébet. Uma delas, muito dolorosa, era uma variação do "pé quente", em que pedaços de papel embebido em óleo eram colocados entre os dedos do pé de empregados preguiçosos, aos quais se ateava fogo, fazendo com que a vítima visse estrelas de tanta dor e se contorcesse tentando livrar-se do fogo. Erzsébet costumava enterrar agulhas na carne e sob as unhas de suas criadas. Punha também moedas e chaves aquecidas ao rubro nas mãos das torturadas, ou então, usava um ferro para marcar o rosto de empregadas indolentes. Também costumava jogar as jovens na neve, enquanto água fria era atirada sobre elas até que morressem congeladas. A jovem era levada para fora sem roupa e seu corpo esfregado com mel e ela permanecia 24 horas ao ar livre, de modo que pudesse ser picada por mosquitos, abelhas e outros insetos. Ela teria ateado fogo aos pelos pubianos de uma de suas empregadas. Entre tantas histórias dizem que uma vez ela abriu a boca de uma criada até que seus cantos se rasgassem, enfim, histórias assim é que não faltam, o que torna difícil separar o fato do mito.

- Texto originalmente publicado no blog do Sapo, Tudo e mais alguma coisa, publicado por Aninha.

Vendaval

 
Ó vento do norte, tão fundo e tão frio,
Não achas, soprando por tanta solidão,
Deserto, penhasco, coval mais vazio 
Que o meu coração!

Indômita praia, que a raiva do oceano
Faz louco lugar, caverna sem fim,
Não são tão deixados do alegre e do humano 
Como a alma que há em mim!

Mas dura planície, praia atra em fereza, 
Só têm a tristeza que a gente lhes vê
E nisto que em mim é vácuo e tristeza 

É o visto o que vê.

Ah, mágoa de ter consciência da vida!
Tu, vento do norte, teimoso, iracundo,
Que rasgas os robles - teu pulso divida 
Minh'alma do mundo!

Ah, se, como levas as folhas e a areia,
A alma que tenho pudesses levar -
Fosse pr'onde fosse, pra longe da idéia 
De eu ter que pensar!

Abismo da noite, da chuva, do vento,
Mar torvo do caos que parece volver -
Porque é que não entras no meu pensamento 
Para ele morrer?

Horror de ser sempre com vida a consciência!
Horror de sentir a alma sempre a pensar!
Arranca-me, é vento; do chão da existência, 
De ser um lugar!

E, pela alta noite que fazes mais'scura,
Pelo caos furioso que crias no mundo,
Dissolve em areia esta minha amargura, 
Meu tédio profundo.

E contra as vidraças dos que há que têm lares,
Telhados daqueles que têm razão,
Atira, já pária desfeito dos ares, 
O meu coração!

Meu coração triste, meu coração ermo,
Tornado a substância dispersa e negada 
Do vento sem forma, da noite sem termo, 
Do abismo e do nada!

Fernando Pessoa, 16-2-1920.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Das obsessões com o fim do mundo e as "Luas Vermelhas"




Alinhamento entre Terra, Sol e Marte antecipa 'fim do mundo'. Será?

Um evento cósmico raro é esperado para a noite de 8 de abril e esta madrugada, antecedendo as "quatro luas de sangue" que alguns acreditam ser presságio do fim do mundo. 

Para alguns fiéis, as luas de sangue são mais que um evento cósmico raro, mas sim, um presságio para o fim do mundo. De acordo com a Nasa, a rara sequência de quatro eclipses lunares (as famosas "luas de sangue") conhecida como tétrade, será seguida por seis luas cheias. O ciclo começa na semana que vem, no dia 15 de abril, e terminará apenas em 28 de setembro deste ano. 

Ainda segundo a Nasa, as quatro luas de sangue só foram vistas por três vezes em mais de 500 anos: a primeira vez na Idade Média, em 1493, quando os judeus foram expulsos pela Inquisição Católica na Espanha; a segunda, em 1949, quando o Estado de Israel foi estabelecido na Palestina, e a terceira em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias entre Árabes e Israelenses.

Para alguns fiéis, as luas de sangue significam mais que um evento cósmico raro: são um presságio para o “fim do mundo” e o retorno de Cristo à Terra para o Juízo Final. Na passagem bíblica do Livro de Joel, no Antigo Testamento, diz: “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Joel, 2:31).

Em Jeremias Capítulo 10,2 "Assim diz o Senhor": "Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações."

Lua de Sangue  É um termo usado ultimamente pra definir o eclipse Lunar um evento comum,  freqüentemente a Lua se torna vermelha durante um eclipse. Mas em 2014 e 2015 haverá 4 eclipses lunares, ai vem o termo Tétrade lunar. E o mais curioso é que justamente na data das previsões feitas pela Nasa coincidirão tanto com a Páscoa Judaica quanto com a Festa dos Tabernáculos, Festas Levíticas ( Festas Judaicas ). Lembrando que tanto a Páscoa Exodo 12:01… como a Festa dos Tabernáculos Levítico 23:33… são  festa biblicamente ordenadas por Deus . Nesse período muitos Judeus fazem peregrinação no Templo em Jerusalém .

Também haverá 2 eclipses solares durante esse período.

Na primavera de 2015 o ano religioso Israelense começará com um Eclipse solar total em 20 de março de 2015  (Ano novo judaico 23 de março 2015  )  que não coincidiu exatamente na data, mas que chama a atenção por ser um Eclipse solar total e que fica no centro, entre as quatros Eclipses lunares. Seguido, duas semanas depois, por um eclipse total da lua na Páscoa. E então, seis meses depois a seqüência se repetirá com um segundo eclipse solar em Festa das trombetas, seguido duas semanas depois, por outro eclipse total da lua na Festa dos Tabernáculos, tudo em 2015. A última vez que algo assim ocorreu foi em 1967, quando Jerusalém se tornou novamente uma cidade Judia não dividida, e antes disso houveram várias ocorrências durante os anos 1948-50, quando Israel estava se tornando uma nação.

Ah, pra finalizar: Está previsto que irá rolar um eclipse solar total em 25 de março de 2015. Quem quiser entrar em pânico achando que o mundo vai acabar dessa vez, divirta-se e desespere-se bastante! 

@h@h@h!